NFT de Neymar está se desvalorizando, diz especialista

No começo do ano, o craque da seleção brasileira, Neymar Junior, se consolidou no mundo dos Non Fungible Tokens (NFTs), fazendo um aporte milionário em três artes de uma das coleções mais valorizadas do mundo: a Bored Ape Yacht Club. A aquisição foi de R$ 6,48 milhões, e acabou popularizando esse universo ainda mais entre os amantes de esportes. Também em janeiro, o astro pop Justin Bieber gastou uma fortuna de cerca de R$ 6,9 milhões para comprar um NFT da mesma coleção. Em seguida, o jogador de futebol americano Tom Brady também fez um aporte em um dos macaquinhos.

Mesmo com tantos nomes se aventurando no mundo dos criptoativos, o especialista nesse mercado, Phillippe Rubini afirma que esses NFTs “estão numa decrescente, desvalorizando”. Algumas análises feitas no segmento de tokens provam que em apenas um semestre a imagem virtual teve uma queda de 87%.

De acordo com o especialista, em uma entrevista à Istoé, “uma NFT pode ser de uma obra de arte, de entrada em lugares e eventos, por exemplo. No caso do Neymar, ele oferece acesso a festas exclusivas e fez muito dinheiro por ter tido prioridade na compra, tendo o direito de ser uma espécie de investidor anjo dessa coleção. Quando o Neymar comprou, valorizou muito, mas, hoje, essa NFT está numa decrescente, desvalorizando”, alerta.

Lembrando que NFTs podem funcionar para entrada em lugares de entretenimento como cassinos no metaverso, mas hoje em dia esse trunfo não é um requisito para aproveitar plataformas de jogatina como os cassinos com pix, os quais estão abertos a qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade e oferecem inúmeros jogos com um dos métodos de pagamento mais populares entre brasileiros, o Pix. Essas operadoras ainda oferecem bônus de boas vindas para novos usuários, e incentivos regulares, como rodadas grátis em máquinas caça-níqueis.

Potencial do mercado

Ainda segundo Rubini, existe muito potencial para o mercado de tokens, mesmo com essa desvalorização.  O “mercado é muito cru ainda”, diz ele, que acredita que as coleções precisam ter mais estabilidade do que rentabilidade, fatores que dependem muito do criador ou criadora do tema do NFT.

“Estamos criando uma forma de trabalhar NFTs com dividendos de lucros para quem a adquire, apostando em pessoas de diversos setores significantes na mídia. Imagine, por exemplo, comprar o direito de ver uma luta de uma celebridade do boxe e um jantar com ele lucrando com o ‘aluguel’ dessa oportunidade para outras pessoas?”, finaliza o especialista.

Vale destacar que os criptoativos são considerados ativos de alto risco, principalmente por conta da sua volatilidade – e os NFTs acompanham o ritmo da criptomoeda utilizada para a sua negociação, o ethereum.

Bored Ape Yacht Club

Em entrevista à CNN Brasil, os fundadores da coleção Bored Ape Yacht Club e da empresa Yuga Labs confessaram ter ficado chocados quando viram diversas celebridades comprando as suas artes digitais. Além de Brady, Neymar e Bieber, outros famosos que adquiriram pelo menos um NFT da Yuga Labs foram o apresentador estadunidense Jimmy Fallon, o jogador da NBA Stephen Cury, a cantora Madonna e o rapper Post Malone

“É muito legal ver algo que começou tão pequeno se tornar algo que as pessoas estão empolgadas”, disseram os fundadores da coleção. “Há muitos artistas que valorizam estar à beira de novas ondas culturais, e, desta forma, não é surpreendente [que tenham comprado os NFTs]”, completaram.

Contudo, desde a aquisição, todas essas celebridades acabaram perdendo muito dinheiro com a baixa das criptomoedas. Neymar, por exemplo, que comprou seus tokens por R$ 6,48 milhões, no início do mês de agosto já tinha tido um prejuízo de R$ 5 milhões, visto que o ethereum desvalorizou consideravelmente, e seus NFTs chegaram a atingir o valor de R$ 1,45 milhões.

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